quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
É pouco
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, os atos de vandalismo praticados pelos “torcedores” do Coritiba mancharam o futebol e a história do Coxa. Pouco se falou do rebaixamento do time de Campinas. A tristeza dos verdadeiros torcedores foi sufocada pelas pedras atiradas e agressões feitas à pessoas inocentes.
A partir de então, todos começamos a cobrar uma punição severa aos vândalos e ao próprio Coritiba. Mas será que o clube merece pagar pela atitude de alguns torcedores? Punir o clube significa punir toda a sua torcida. Não apenas os que invadiram o campo, lançaram bombas e barras de ferro como se lança pétalas de rosa, e feriram pessoas que estavam ali apenas para torcer.
Sim, durante algum tempo defendi a idéia de que não é justa a punição ao clube, mas a premissa milenar ainda persisti. “Os justos pagam pelos pecadores”.
Infelizmente, vivemos em um País em que a expectativa de impunidade é muito maior do que o medo de uma condenação. Apoiados na falta de punição, “torcedores” cometem atos cada vez mais insensatos, criminosos ficam ainda mais descarados, políticos roubam o dinheiro público como se fôssemos todos patetas.
Diante disso, é sim justa a punição ao clube. Os verdadeiros torcedores são capazes de entender que castigar o clube é castigar também esses “energúmenos (sem o perdão da palavra)”.
Em julgamento realizado pelo STJD, ficou decidido que o Coritiba sofrerá a perda de 30 mandos de campo e multa de R$ 610 mil.
É o suficiente? Sinceramente não. Não jogar em casa só vai tirar as famílias dos estádios. Os responsáveis por toda aquela algazarra irão onde o Coritiba estiver, e não serão, em nenhum momento, importunados.
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