Quem sabe, um dia, consigamos aceitar que Armando Nogueira não era eterno.
Seu corpo se foi, após dois anos de uma luta desigual com o câncer, mas seu legado continua infincado no chão desta terra. Armando é sim imortal. Seu coração parou, mas sua poesia continua pulsando como um coração de criança.
Nesta segunda-feira , o maracanã, acostumado a ser palco de comemorações e a tremular bandeiras multicoloridas, amanheceu tingido de preto. Preto de luto, ou talvez, preto do Botafogo. Time do coração de Armando. A tribuna de honra do estádio esqueceu os gols e as belas jogadas feitas com os pés, e fez reverência ao craque das palavras, velado no local.
Hoje, no último adeus, ultraleves sobrevoaram o cemitério e as centenas de pessoas que acompanhavam o sepultamento do jornalista esportivo aplaudiram o mestre, e entoaram o hino do Botafogo.
Armando se vai e deixa inúmeros seguidores, que jamais irão se acostumar com a ausência de um gênio, que transferia para o papel a alma do esporte.