terça-feira, 20 de outubro de 2009

Primeiro tiro nas Olimpíadas


Os últimos acontecimentos envolvendo traficantes e policiais no Rio de Janeiro pôs em dúvida a escolha da cidade como sede dos jogos Olímpicos de 2016. A guerra entre morros cariocas e a interferência policial causou a morte de, até o momento, 24 pessoas. O suficiente para abarrotar os jornais internacionais com dúvidas acerca da capacidade do Rio de Janeiro em receber um dos eventos mais caros do mundo. Cidades como Madri e Chicago, derrotadas na escolha da cidade-sede, explicitaram em suas publicações as amarguras pela derrota. Perfeitamente aceitável, não por entender que perder nunca é bom, mas por saber que as indagações quanto a segurança durante os jogos são plausíveis.

Na Espanha, o caso foi destaque no jornal El País: “Grupos delinquentes, fortemente armados, o que preocupa bastante as autoridades cariocas, principalmente tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2016”.

O Jornal The Independent não poupou críticas e afirmou: “Os eventos do fim de semana são um constrangimento para um governo que mal acabou de celebrar seu sucesso ao vencer a candidatura olímpica”.

Infelizmente, a maravilha da cidade maravilhosa, se limite as demarcações da orla carioca. O famoso calçadão de Copacabana, o Cristo de braços abertos no alto do morro, o pão de açúcar, a mulata passista......

O Cristo do alto do seu pedestal assiste a tudo, enquanto os moradores da cidade sentem na pele o outro lado da “maravilha”. O fuzil, sei lá que número, a bala que atravessa de norte a sul e atinge alguém que não tem nada com aquilo, o medo de assalto, ônibus incendiados. A população carioca é soldado passivo na guerra do tráfico.

São sete anos. Em 2016 o Rio tem que estar diferente. Não é mais uma questão de desejo, mas de obrigação. Em meio a crise, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez a sua primeira viagem internacional visando obter investimentos para os Jogos. Em Londres, foi bombardeado por questões sobre a segurança e tentou acalmar o publico europeu. No momento, deve-se acalmar não os europeus, mas os brasileiros. Não com palavras, mas com ação.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rubinho tentou, mas Jenson Button é o Campeão do Mundo


O final poderia ter sido diferente, até mesmo feliz. Rubens Barrichello havia presenteado, no dia anterior, os brasileiros com a primeira colocação no treino classificatório. Sagazmente arrancou, com o tempo já zerado, a poli. Vimos o brasileiro que ainda lutava pelo título, embora não dependesse apenas de si, largar na primeira colocação e seu adversário direito e companheiro de equipe, Jenson Button, no fim do grid. Era apenas o 14ª.

Era o roteiro perfeito para contrariar os sádicos que continuavam duvidando do talento do piloto com o maior número de GPs disputados. O resultado já estava na boca de todos. Rubinho venceria e marcaria dez pontos. Button não pontuaria e a diferença cairia para quatro pontos. Mesmo correndo o risco de não sediar a festa do campeão mundial, São Paulo e os torcedores que ali estavam torciam pelo adiamento da festa pelo título em detrimento da vitória de Rubinho.

O que estava previamente traçado caiu por terra quando as luzes vermelhas se apagaram e na primeira curva, em decorrência de acidentes, Button pulou para a nona posição. A sorte que sempre faltou a Rubens Barrichello não abandonou, sequer por um instante, o campeão.

Rubinho largou bem, manteve a ponta, mas não fez na pista o que precisava para, após as paradas nos boxes, sustentar a primeira colocação. Na terceira colocação, longe da vitória e perdendo o título mundial com o 6ª lugar de Button, ainda teve tempo para o terceiro e inesperado pit stop. O pneu furado do carro de Rubens Barrichello foi à consagração de Jenson Button, que desde o principio mostrou que o ano de 2009 já tinha um campeão.