sexta-feira, 31 de maio de 2013

Victor salva, e Atlético segue na Libertadores

O Atlético-MG se classificou para a semifinal da Taça Libertadores graças ao pênalti defendido pelo goleiro Victor nos acréscimos da segunda etapa. Mas, enquanto torcedores e mídia exaltam o pênalti defendido e alcunham a classificação de heroica, prefiro me ater aos pífios 90 minutos jogados pela equipe brasileira. A partida de ontem e a atuação do Atlético, diante de um Independência lotado, me faz elocubrar a razão pela qual apenas um, dos seis clubes brasileiros que iniciaram na competição, continua em busca do título.


Muitos acham que o critério de "gols fora" determina a forma de jogar de cada equipe na libertadores. Até concordo, e acredito que está aí a maior falha da competição. Mas, independente de regulamento, o que se percebe é o acanhamento dos times brasileiros nas partidas dessa competição. Ontem, o Atlético jogou como time pequeno mesmo tendo um elenco muito superior ao adversário, e poderia ter ficado sem a classificação. A covardia atleticana fez com que o fraco Tijuana se tornasse um "bicho-papão", o que não aconteceria se o Atlético se portasse como time superior, com maior qualidade técnica e tática.

Da mesma forma se comportou o Grêmio que, com menos sorte, acabou deixando a competição após ser castigado com um gol no fim do Santa Fé. Tendo a vantagem do empate, o time do Rio Grande do Sul colocou o regulamento debaixo do braço e considerou impossível levar um gol em 90 minutos. O Grêmio esqueceu de jogar, se apoiou no 0 a 0 insistente e, no fim, amargou a eliminação. Atrás no placar, e ficando de fora da competição, foi em busca do empate. Tarde demais. Cinco minutos de audácia não compensaria 90 de inércia.

Antes do início da competição vislumbrava, no mínimo, cinco equipes brasileiras nessa fase final - sem levar em conta os cruzamentos entre elas- Afinal, Corinthians, São Paulo, Grêmio, Atlético-MG e Fluminense possuem um elenco muito mais qualificado do que qualquer outra equipe que disputa a competição. Contudo, a força no papel não corresponde à postura em campo.

Eram seis os clubes brasileiros na Libertadores. Agora, resta apenas um. E engana-se quem acha que as eliminações acontecem para os paraguaios, bolivianos e argentinos. O brasileiros se auto eliminam. Tratam a libertadores como uma competição "extra
terrestre", entram em campo apavorados, supervalorizam os adversários e afugentam a capacidade de vencê-los com autoridade.