terça-feira, 30 de março de 2010

Um gênio nunca morre

Quem sabe, um dia, consigamos aceitar que Armando Nogueira não era eterno.

Seu corpo se foi, após dois anos de uma luta desigual com o câncer, mas seu legado continua infincado no chão desta terra. Armando é sim imortal. Seu coração parou, mas sua poesia continua pulsando como um coração de criança.

Nesta segunda-feira , o maracanã, acostumado a ser palco de comemorações e a tremular bandeiras multicoloridas, amanheceu tingido de preto. Preto de luto, ou talvez, preto do Botafogo. Time do coração de Armando. A tribuna de honra do estádio esqueceu os gols e as belas jogadas feitas com os pés, e fez reverência ao craque das palavras, velado no local.

Hoje, no último adeus, ultraleves sobrevoaram o cemitério e  as centenas de pessoas que acompanhavam o sepultamento do jornalista esportivo aplaudiram o mestre, e entoaram o hino do Botafogo.

Armando se vai e deixa inúmeros seguidores, que jamais irão se acostumar com a ausência de um gênio, que transferia para o papel a alma do esporte.