quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Valeu Vanderlei!


Por trás de uma aparência franzina se esconde um corpo robusto cujos passos são instrumento de trabalho e sinônimo de vitória.
Há 23 anos Vanderlei Cordeiro de Lima começava a levar o sotaque Paranaense para o resto do Brasil e mais tarde para o mundo. Entretanto, a carreira que começou nas lavouras do interior do Paraná, onde seus pais trabalhavam como bóias-frias, já têm data para encerrar.

Vanderlei começou a demonstrar interesse pelo esporte ainda criança quando nos instantes de descanso do trabalho na lavoura dispensava a sempre presente “pelada” substituindo-a pela corrida no chão de terra.
Como um campeão sempre conta com a sorte, ela se apresentou a ele através de um professor de Educação Física que notou o talento do garoto de 12 anos e lhe deu a chance de representar a sua escola. A partir daí, chegar a Olimpíada era questão de tempo e amadurecimento.


Em 2004, já consagrado como maratonista, Vanderlei chegou a Atenas, Grécia, com o intuito de se tornar o primeiro maratonista de ouro em uma olimpíada. Contudo, no 36ª quilômetro, viu a primeira colocação ser “irlandamente” arrancada e concomitantemente seu esforço sobre-humano ovacionado. A frente dos seus adversários, Vanderlei já dava aos brasileiros o gostinho da medalha dourada quando o fatídico religioso irlandês, o ex-sacerdote Cornelius Horan, impediu a sua passagem segurando-o por alguns instantes, tempo suficiente para fazê-lo perder a primeira colocação e terminar com a medalha de bronze. Porém, aqueles que acreditavam que ele desistiria ou completaria a prova com cara de poucos amigos, se surpreendeu ao vê-lo adentrar o estádio Panathinaikos de braços abertos e com uma alegria quase incontrolável. Este episódio o apresentou a parcela do mundo que ainda não o conhecia. O garoto pobre e desconhecido era agora símbolo de perseverança e mostrava a todos como enfrentar as adversidades com coragem e bom-humor.

Depois de alguns anos nos presenteando com bons resultados e sendo o orgulho de todos nós brasileiros, Vanderlei anunciou que após a corrida de São Silvestre, em Dezembro, não cruzará mais nenhuma linha de chegada. Chegará ao fim a carreira de um dos donos da Medalha “Pierre de Coubertin” concedida para atletas que valorizam a competição olímpica mais do que a vitória e que é considerada uma honra elevadíssima atribuída pelo Comité Olímpico Internacional.

6 comentários:

Marcel Jabbour disse...

Dia inesquecível, para quem gosta de esporte, aquela maratona em 2004!

No fim, ele levou a “Pierre de Coubertin”, que pela raridade, valeu mais que o ouro!

Abraços!

diletra.blogspot.com

Anônimo disse...

Se todos os esportistas tivessem o mesmo espírito do Vanderlei.... o esporte brasileiro seria muito maior do que é hoje. Uma pena, mas nosso guerreiro está merecendo mesmo um descanso.

Anônimo disse...

Olá parabéns pelo blog as matérias estão bem legais!!!!!!
www.paddockformula1.blogspot.com

Zêro Blue disse...

Sempre achei uma grande injustiça o Wanderlei não ter levado a medalha de ouro naquele episódio.

Deveriam ter computado o tempo que perdeu e dimibuir do tempo que ele precisou pra completar a prova.

Raíssa, lí essa notícia e pensei no seu blog, veja a que ponto chegamos|:

http://esporte.ig.com.br/mais/2009/01/13/
video+ginastas+brasileiros+estao+sem+salario+desde+pequim+3322952.html

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Zêro Blue disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zêro Blue disse...

http://esporte.ig.com.br/mais/2009/01/13/video+ginastas+brasileiros+estao+sem+salario+
desde+pequim+3322952.htm