sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FIM





Era consenso a falta de competência de Mano Menezes para dirigir a Seleção brasileira, sobretudo diante dos maus resultados. Porém, a demissão do técnico acontece num momento inoportuno, e escancara o lamaçal político que está afundado o futebol brasileiro.
 
A torcida esbraveja desde os primeiros momentos do técnico no comando da seleção. As inúmeras convocações sem sentido, o fracasso na Copa América e nas Olimpíadas, os jogos vexatórios diante de seleções sem muita expressão no cenário mundial, as derrotas para adversários com nível técnico mais elevado, e a supervalorização de uma goleada diante das fracas seleções de China e Iraque, marcavam a trajetória do ex-técnico do Corinthians. Tudo isso, resultou na pior derrota, não de Mano, mas da seleção. A queda histórica no ranking mensal da FIFA.
 
A torcida esperava a decisão tomada na tarde de hoje desde meados de 2010 - o técnico foi admitido no dia 10 de agosto de 2010- mas o desejo do torcedor era veementemente ignorado pelas "autoridades" da CBF.
 
Por isso, me estranha que a queda de Mano tenha vindo só agora. Exatamente no momento em que a fase das atuações medonhas ficava para trás, e a seleção começava a apresentar um futebol mais consistente, e coerente com a representatividade da equipe.
 
Nunca achei, e continuo acreditando que Mano não era o melhor para a seleção. Por várias vezes, diante de várias situações, se mostrou arrogante e agiu como alguém que simplesmente acatava ordens de mandatários, e convocava jogadores pelo fato de serem agenciados por empresários "amigos" - sobretudo na visão dos torcedores. Mas porque a decisão de demitir o treinador aconteceu as barbas da Copa das Confederações? Porque não foi tomada depois das olimpíadas e Copa América, ao passo que Mano dava clara demonstração da sua incompetência?
 
Esses são os bastidores do esporte. E como num show de rock, em que só sabe as manias dos artistas quem tem acesso ao camarim, provavelmente nós jamais teremos a resposta desses porquês. Teremos que nos contentar, no máximo, com as especulações, ou esperar que algum desentendimento entre os envolvidos na arapuca traga a verdadeira razão da demissão a tona.
 
Com Mano fora, a vaga de treinador da "antiga" seleção mais temida do mundo está em aberto. Alguns nomes já começam a ganhar força para assumir o cargo. O técnico do Corinthians, Tite, surge como um dos nomes mais fortes. No próximo mês, o treinador embarca com a equipe corinthiana para o Japão, onde disputa o título do Mundial Interclubes. Boa notícia para os torcedores da Fiel. Se por um lado correm o risco de perder o treinador, por outro, terão um Tite ainda mais ávido pelo título.


Muricy Ramalho pode ter a segunda chance. Vale lembrar que Mano só assumiu o cargo após a rejeição do, na época, técnico do Fluminense. Hoje no Santos, Muricy certamente aguarda ansioso um novo convite. Desta vez, é melhor o técnico nem pensar em negar, afinal, o raio até cai duas vezes no mesmo lugar, a terceira já abusa do bom senso.


O terceiro nome até escapou da segunda divisão, mas continua desempregado. Luiz Felipe Scolari, que deixou o palmeiras chafurdado na zona do rebaixamento do Campeonato brasileiro, tem o aval de muitos torcedores para assumir o cargo. Durante os últimos jogos da seleção, o nome de Felipão era incessantemente lembrando nas arquibancadas, seja por cartaz ou gritos da torcida. Em 2002, o técnico comandou a equipe que trouxe o Pentacampeonato do Mundial do Japão/Coréia.

O último a compor o "quarteto fantástico", é o técnico campeão brasileiro de 2012 pelo Fluminense, Abel Braga. Entretanto, o treinador acabou de renovar o contrato com o tricolor, talvez esse seja um empecilho para que Abelão passe a convocar os integrantes da seleção canarinho. OBS: Aposto que o Fred ia adorar. Se na era Mano o atacante, craque do brasileirão, foi por várias vezes esquecido, na Era Abel, certamente, o camisa 9 da seleção já estaria definido.

Neste fim de ano, o Papai Noel terá que dividir espaço com as especulações sobre o novo treinador da seleção brasileira. Entre um brinde e outro, deem os palpites. Afinal, a CBF só deve anunciar o próximo treinador em janeiro. Se estivéssemos no velho continente, seguramente, as casas de aposta já estariam com filas na porta, e a minha seria em Muricy Ramalho.

Mas bem que podia ser o Guardiola...
          

5 comentários:

Pedro Caldas disse...

Gosto muito mais de Abel Braga. Mas ele já renovou com o Flu. Na boa, na boa? Traria um estrangeiro que gostasse de atacar. E disso que o Brasil (seleção de futebol) precisa.

Quer trocar link com meu blog?

fintasparaogol.blogspot.com.br

Net Esportes disse...

Já foi tarde. Eu acho que chegou a vez do Muricy, ta merecendo faz tempo .....

Bem vinda de volta Ray !!!! Meus links de parceria estão agora na página "Clubes Irmãos", já coloquei o seu lá ....

até breve !!!

FuteB.R.O.N.C.A.! disse...

A questão é: seja por capricho, poder ou diferença pessoal, o presidentezinho da CBF vai fazer do seu jeitinho. Não se trata mais de competência, métodos ou fator sorte. Marin quer que seja ao seu modo. Lamentável, pois o novo treinador terá menos tempo do que Mano teve até agora.

E no final das contas, sabe quem vamos vaiar? O treinador, seja Felipão ou Guardiola.

Saudações!!!

Zêro Blue disse...

Raíssa, seu blog era e continua sendo nosso parceiro. Esta lá na 1ª página figurando entre os "que merecem sua visita".


Sds. Celestes

Zêro Blue disse...

Também acho que já "vai tarde" e concordo que a vez do Muricy chegou.