quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Rumo ao Hexa



Na noite desta quarta-feira, a seleção brasileira enfrentou os Hermanos Argentinos no caldeirão de La Bombonera, pela última partida do Clássico das Américas. Na segunda edição do Clássico, o Brasil levantou a taça pela segunda vez, e confirmou a freguesia Argentina. Apesar deste post se referir a seleção brasileira, não vou entrar em detalhes sobre o jogo de ontem, quero apenas escrever sobre a seleção da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, e que em nada lembra o time que entrou em campo para enfrentar a Argentina no estádio do Boca Juniors.  

O fim da Era Dunga a frente da seleção Canarinho representou a esperança de um novo tempo, após uma frustrante eliminação na Copa do Mundo de 2010. Mano Menezes, então técnico do Corinthians, assumiu a seleção brasileira com a promessa de que montaria um time arrojado, de velocidade, habilidoso e, principalmente, que jogasse pra frente.

Nesses anos de trabalho não houve quem não reclamasse, não pedisse a saída do técnico, ao passo que a seleção, acostumada a grandes conquistas e a admiração do adversário, caía solidamente na escala das maiores seleções do mundo, chegando a assumir a 14° posição no ranking da FIFA – a pior da história. Algo inadmissível para a pátria de chuteiras, que viu Pelé, Garrincha, Zico e Ronaldo, e que assistiu encantado a seleção de 70 e 82.

As convocações de Mano eram incisivamente criticadas. Os jogos amistosos, a maioria deles com adversários de nível técnico muito inferior, eram razão de chacota. A seleção até vencia, mas não convencia. O futebol prometido por Mano na sua chegada a seleção não existia. O que se via eram partidas sem entusiasmo, e uma seleção sem brilho.

Os brasileiros não acreditavam na seleção canarinho, e morando no Rio de Janeiro, ouvi cariocas indignados pela cidade sediar apenas a final da Copa do Mundo. Assim, o Rio só receberia a seleção caso chegasse a final. Possibilidade veementemente afastada pela grande parte das pessoas que conversei. A descrença era total.

Confesso que, como brasileira e torcedora corneteira, também tive os meus momentos de frustração e indignação com o técnico Mano e com as atuações pífias da Seleção. Mas, deixando o lado emocional e pensando apenas com a razão, nunca compactuei com a indignação dos cariocas. A seleção jogará sim no Rio de Janeiro, e o Maracanã será o palco da festa do Hexa.  Tingido de verde e amarelo, mais de 50 mil vozes irão apagar as marcas do Maranazo de 50 do emblemático estádio. Depois de 2014, as memórias só remeterão os brasileiros ao Hexa campeonato no antigo maior do mundo. Não digo isso apenas como uma brasileira esperançosa, mas como alguém que vê a seleção canarinho como uma das melhores do mundo.

Nos acostumamos com seleções de drible fácil, e de habilidade incontestável. Nos acostumamos com seleções que faziam torcedor adversário aplaudir de pé, e o próprio adversário fazer reverência. E assim queremos que seja sempre.  Mas, os tempos mudaram, e precisamos nos adaptar as mudanças. Não estamos mais na década de 50 e 60, que quase, ou senão todos os jogadores da seleção brasileira jogavam no Brasil. Não estamos mais na época em que a base da seleção era formada por jogadores de Vasco, Botafogo, Santos, ou qualquer outro time brasileiro, o que contribuia para um entrosamento mais rápido e eficaz. 

A seleção hoje é uma construção, um trabalho que exige tempo e paciência. O tempo passou, e o Brasil de hoje mostra maturidade e entrosamento. Características fundamentais para o sorriso do torcedor. Depois de tantas tentativas, de inúmeras convocações frustradas, de jogadores que não corresponderam, Mano Menezes, enfim, encontrou a formação que, ao que tudo indica, levará a Copa das Confederações e a Copa Mundo – com exceção de algumas posições ainda indefinidas, como goleiro e centroavante.

São mais três amistosos até a Copa das Confederações, e a seleção está pronta. Afinal, um time que tem Neymar, Kaká, Marcelo, Oscar, Lucas, Thiago Silva e cia, não pode ser tratado como coadjuvante. Mesmo nos maus momentos, há de se respeitar uma seleção com tantos craques.   

    

 

2 comentários:

FuteB.R.O.N.C.A.! disse...

Um título inexpressivo que de nada valeu. Verdade seja dita, apenas 3 ou 4 jogadores do Brasil têm capacidade de vestir a amarelinha. Isso sem falar no time sem-vergonha da Argentina.

Saudações!!!

Mirna disse...

Eu acho que é esportes sao saudáveis ​​e também a preocupacao por o clube de futebol de uma pessoa, mas uma pessoa não deve ser problema por o futebol. Eu estou fazendo um tratamento em geap porque eu tenho hipertensão, e eu tenho que evitar ficar nervosa.